As palavras têm vida própria,
depois que as vocifero
ganham o ar e fogem
por entre outros sons,
entre outras paisagens,
ás vezes retornam,
outras vezes se perdem
no tempo e na música,
mas eu as deixo assim,
soltas de mim e dos outros,
livres para serem o que quiserem.
Se serão frases, orações ou só perdão
não cabe a mim a decisão,
só me cabe a caneta na mão.