sábado, 28 de novembro de 2015


Minha poesia é dura, seca
não faz espuma
causa rachaduras.
Não anda em bando
não preenche página de livro
faz a dor do papel branco.
Minha poesia não é altruísta
não fala nada pra você
ela é muda, egoísta e bela.
Não se faz em linhas pautadas
se arma no concreto das calçadas
e destrói meus sonhos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


Um tiro, uma vírgula
Um cano, uma incógnita
Uma arma, minha mão suada
Uma vida, um espaço em branco
Nenhuma sombra paralela
Nenhum olhar em sua direção
Duas porções de moedas
Vago corpo deitado no chão.