sábado, 26 de dezembro de 2015


E o ar se esvai
É o último suspiro da noite
Fantasmas de almas amargas se levantam
Nunca viram o doce luar
Chorar
Muitos dos meus anos foram assim
Por muito tempo
Eu nunca acordei do sonho
Que eu tive
Mas você
Me tirou da letargia
Da letargia
Dos meus anos de prata
E eu sou
Eu sou aquele
Que agora respira
Sem parar, num só sopro
Que se enche
De puro ar
Mas nada assim vai durar
Nada vai segurar
O resto da respiração
E o tempo se esgota
O sonho de acordar
É tão pesado
Não vou suportar
Mas você me enxerga
Dentro destes vultos
Gelados
E tudo volta rápido
A noite, o luar
Onde meus sonhos
Não se vão