sábado, 22 de outubro de 2011


Só eu sei o que há ao meu redor
pó, vento, sal e pequenas arestas
mas só você sabe o que fazer
quando o mar, o uivo e o torpor
me atingem sem direção.

sábado, 15 de outubro de 2011


Eu choro pelo que eu não pude dar
por essa falta do meu estar
porque nessa vida é tudo singular
eu nós sempre aqui parados
sem ter força para levantar os olhos
e dizer uma única vez ao menos
sem precisar que som algum se faça
para que você possa entender
que mesmo sem as palavras certas
eu sinto tua falta segurando minha mão
e dos abraços que não tive
e dos momentos que eu deveria dizer
simplesmente eu te amo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011


E se fosse estupidez
saberíamos o que havia acontecido,
mas você roubou de mim aquilo que ainda seria,
esse jogo de ideias, essa tensão subjacente,
essa coisa que circula sob nossas palavras
essa coisa que nos faz diferentes, mas exatamente iguais
tudo isso é perigoso e suicida
tudo isso se faz em muito mais
pelo andar das horas rotas dos nossos pulsos
por onde cercam o vendaval.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Quero poder perder-me por cá
por onde teu corpo vai estar
meus braços e olhar a te segurar
tocar as dádivas de nossos beijos
ter o vento a nos embalar
nesse oceano refletido no olhar
cantar em uníssono ao luar
sobre as estrelas do teu peito
e a lua outrora presa em minha garganta
ouvir da clara noite silenciosa
todo o orgulho do infinito amor
e a doce ternura da poesia dos amantes.