segunda-feira, 20 de maio de 2013


A lua flutua no horizonte perdida do mar
Eu fecho os olhos para nada escutar
E nenhuma palavra na seca do sorrir
Vem se levantar para me cobrir.
As areias do tempo repousam desleixadas
Eu abro os olhos tentando me afogar nas lágrimas
Todas as palavras já se foram as cegas
E só me sobraram às cartas abertas.
O sol se colocou atrás dos montes
E meus olhos cegaram para que eu me alcançasse
As palavras não lidas são as verdadeiras
No meio de tantos enfermos vocábulos
Que pronunciaram aos meus ouvidos inchados.