segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
De quem nada saberá de mim
É aquele que tem a hora marcada
E que me vê pelo reflexo
Das lentes do seu próprio bem estar
De quem algo irá saber de mim
É aquele que desceu pela escada
E me viu abrindo a porta
Sem perguntar nada a mais
De quem saberá tudo sobre mim
É aquele que rasgou a carta
E me viu de costas para a sala
E chorou junto ao ir embora
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Ontem eu reli tuas doces palavras de sabor azedo
Ontem eu olhei nossas fotos coloridas todas vazias
Ontem eu voltei no tempo e não vi mais o passado
Ontem eu senti uma brisa que no final me queimou
Hoje eu olhei pro céu e ainda haviam nuvens de algodão
Hoje eu escutei os livros procurando pelas minhas palavras
Hoje eu plantei uma semente em terra ainda seca
Hoje eu vivi os sabores do alimento da minha alma
Amanhã eu nem vou lembrar das flores que murcharam
Amanhã eu vou desenhar um arco-íris com as minhas cores
Amanhã eu deitarei no jardim que plantei em mim
Amanhã eu vou olhar pra mim e não me recordar de quem era
sábado, 2 de fevereiro de 2013
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