Ouviu-se um tiro caminhando em alguma direção não se viu nenhum sangue em poça pelo chão mas minhas mãos tremulas e despedaçadas eram de um suado e frio vermelho embora nada mais restasse a percorrer minha alma.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Me bateu uma vontade de... Não, o que bateu foi o chão, dizendo: - “Acorda, nenhuma dor é em vão!”
Chegou minha vez de ver a lâmpada nua de ter os galhos crescidos da arruda ouvir pequenos insetos vagando pelo chão. É a hora de ler uma versão qualquer sobre mim vociferar as febres que baniram a rubra poesia permitir o ensejo louco do desejo alojar em meu peito. Momento de refletir a lua sobre meus olhos salientar que nenhum poro se fechará para tão fulgente aurora que nascerá.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Tudo vai bem ao fundo os dentes, a alma, o sangue, cada partícula viva que me acompanha não é pedaço de mim, é parte de outro ser, de um passado remoto de um quebra-cabeças em diagonal sem peças faltantes e sem encaixes perfeitos, pois é na imperfeição que eu me fiz, mas dela abandonei a segundos, pra ficar na noite vazia pois nas sombras nada se vê nada se reflete nada fica sem caminhar nada se torna mais do que o eu próprio.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
O momento em que me deixei ir, era o que eu mais do que poderia lidar, era o momento em que meus pés tocaram o chão.
sábado, 5 de novembro de 2011
Tudo que eu queria falar não conseguia as palavras saiam partidas todas na contra-mão. Tentei entender teu idioma mas seus olhos não me ouviam então eu pensei em algo que eu nunca fiz. Atravessei o vento rumo ao pôr-do-sol colhi as luzes vermelhas coloquei todas em minhas mãos. Então perto de ti sorri como as mil estrelas me fiz em versões de sonhos todas com as mesmas palavras. E agora sim eu pude mostrar o meu coração em flor pra você notar os versos de mim que cabem em ti.