quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


A lua no alto da montanha
Ilumina meus pés descalços
Que caminham por vales
De sombras e pó.
O vento enxuga meu rosto,
Torto de medo e solidão.
Minh’alma refletida
Nas pedras, assemelha-se
Aos cacos do velho abajur.
Nas minhas veias
Correm mil criaturas vis,
Mas nenhuma macula
Minha infecta epiderme.
O ranço, o riso e o louco
Despertam antes da aurora
E mata o resto que me resta.

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