terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Dedos, dedos, dedos
cinco dedos na mão direita
um calo no pé esquerdo
um buraco no peito ardente
sombra e sangue na garganta
paletó fechado n’altura do pescoço
ida e volta, ida e volta, ida e volta
e o chapéu voou longe das minhas mãos
no rumo certo dos dentes cerrados
os olhos vermelhos de grande pesar
escondendo-se nas entrelinhas dos seus braços
dizem tudo o que não se pode dizer.

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