domingo, 17 de janeiro de 2010


Sinto o impulso dos teus lábios,
mas não vejo verdades,
tampouco brotam mentiras.
O que sai é uma cruel dúvida,
é a incerteza que caminha em tua garganta.
Uma voz calada, tímida se pronuncia,
mas a frase não titubeia,
corta o ar como machado
e instala cega em meus ouvidos,
me deixa em pedra e ar.
Só consigo suportar uma resposta
e vocifero-a em caixa alta:
- “EU TAMBÉM!”

Um comentário:

  1. Olha, eu não sei o que dizer. Pois, qualquer coisa seria pouco. Mas, posso dizer que ao ler este poema me senti "a palavra" que ecoa no "silêncio" enquanto gritam: Luz, camera, "ação".
    Com amor sempre.

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