sábado, 20 de fevereiro de 2010


O sabor que sente, sou eu.
Sou eu que caminho,
que ergo paredes,
e cubro teu corpo.
É meu cheiro em teus lençóis
despidos de jasmim.
Suas vestes são teus poros abertos,
que absorvem meu toque.
Minha ancora prendeu-se
nos contornos da tua nau.
Terremotos e ciclones se anunciam.
Os ponteiros param as 9h45.
Gota a gota nos desfazemos
e o pó nos recobre eternamente.

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