quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


Que percorre meu rosto hoje?
Sabor agridoce,
viscoso,
manchado de sangue.
O que carrego em minhas mãos?
Nuvens de éter,
borbulhas da água do lago.
Por onde vão minhas pernas?
Pedras, asfalto não vejo,
meus pés estão descalços,
cacos de vidro e perfume.
Já estou sem pés e mãos,
sem asas e desejos,
vou esperar o outono chegar.

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