terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


A silenciosa manhã
traz flores cinzentas
que coloco em água morna
no jarro em cima da lareira.
A gélida tarde
não tem cheiro
nem fumaça delirante
tem só o sol enquadrado na parede.
A noite clara
faz-se rufar sob o lençol
de cetim cardíaco.
A madrugada ligeira
carrega meu sono
meus anseios em fios
e tecem meus olhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário