sexta-feira, 12 de março de 2010


Risquei as paredes do meu quarto
desenhos tolos surgiram
reflexo do que sinto por ti
tradução de vãos pensamentos
que afloraram do crayon gasto
de reluzentes cores mil
que se finaliza em sépia.
Borrão que se converte
formando frases guturais
saem da parede mofada
atravessando os cantos
repousando na lava quente
da minha garganta.
Vira espada e fere
mesmo sem querer
mesmo sem ser desembainhada
sem corte ou ponta.
E agora não adianta mais tinta
o branco não voltará
temos de nos acostumar
o sangue seca
e estará sempre em ti.

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