sexta-feira, 8 de abril de 2011


Não consigo escrever
nada sai de mim
será tanta dor assim
o que me impede agora
era o que impulsionava antes
mas não me sinto mal
mas calou meus dedos
esse incomodo aflora
e lá fora não vejo a flor
mas há um pedaço de madeira
com um nome gravado
mas os cupins o comeram
e já perdi a memória
talvez por isso nada me corrói
talvez por isso não se revela nada mais
ou tudo já me foi revelado
e já seja invisível agora
mas eu continuo com a folha em branco
e a falta de tinta nas veias.

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