Não há nada que eu possa citar
Tampouco que me faça escutar
Entre os tapetes da sala vazia
Só um beijo idiota de bar.
Meu corpo chora pulsares
E minhas mãos amassam
Um bilhete que ferre cortando,
Mas não consigo chorar.
Portas e janelas abertas
Escuro, só depois de dobrar
A esquina sussurrante
No caminho do mar.
As ondas batendo no peito
Nada para me refrescar
Sinos rachados no navio
Parado no meu olhar.
Para que vigiar estrelas
Se o tempo passou
E me distraio num relance
De uma falta de ar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário