domingo, 18 de março de 2018


Todas as rosas têm espinhos
Minhas memórias se vão ao léu
Vasos se quebram ao tocar o chão
Me perdi por entre caminhos retos
Muros não se erguem aqui
Meus sonhos acordam numa cama quebrada
A beira do abismo é segura
Meus olhos desabam no oceano
A morte não chora nessa hora
Mãos atadas em fios de cobre
Casos de janelas abertas
O que respiro me embriaga lentamente
Escadas faltam degraus
Minha essência está pelo chão
Nada muda com o nascer do sol
Mas não sou mais o meu reflexo
A ampulheta as vezes emperra
Meu coração nem sempre é pedra.

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