domingo, 16 de setembro de 2018


Escutei batidas na porta
Caminhei devagar até ela
Olhei pelo olho mágico
Era vontade de você
Em pé, parada, me esperando
Pedindo para entrar
E eu apavorado do outro lado
Com medo de me machucar
De expor nova ferida aberta
Mão trêmula na maçaneta
Um giro e tudo se faz
Deixar as cinzas e o fogo entrar
Cegar com toda luz dos olhos meus
Dançar entre pedras soltas
Pular os degraus mais altos
Largar o medo dentro da sala
Trancar-me do lado de fora
Viver uma velha nova canção
Permitir a agulha rodar
E me tocar com seu grave.

Nenhum comentário:

Postar um comentário