segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Estou cansado desse céu caindo
Água que afunda o homem morto
Nessa terra deserta de brincar
Sinto o vento empurrando
Minha cabeça contra o muro
Do branco que separa o lar
O ar tóxico asfixiando as salas
Invisíveis páginas de sangue
Sobre mesas de calcário frio
Sonhos que resistem o tempo
Bagunça do quarto intocável
O berço sem suas cobertas
Correntes velhas a nos saudar
Dos navios que balançam
E nos jogam para deitar no mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário