sexta-feira, 17 de maio de 2019

Eu escrevo sobre águas e pérolas
Que se confundem com cristais
Dos seus olhos mais azuis
Que me congelam os pés
No fundo da dúvida
De não saber te encontrar.
Mesmo a deriva do teu corpo
Sinto o cheiro de chuva
Que passa pelo teu sexo
Ao encontro do aço maleável
Que toma suas mãos
Desesperadamente ásperas.
Conduz tua respiração corroída
Pelos canos enferrujados
Até a superfície da dor
Tire a capa que me protege
Veja meu rosto sangrar
E diga que foi tarde demais.

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