domingo, 7 de fevereiro de 2010


Não há lugar em mim
que valha os acordes de uma valsa,
que saltitem os pássaros,
que corram os mares,
que ilumine a ínfima estrela,
que desça o orvalho da manhã,
que zumbam os zangões,
que amadureçam os cinzas,
que dobrem os sinos,
que finda a lua,
que arranhe os discos,
que imaginem as nuvens,
que fique muda a escuridão,
que apague os versos
desta canção.

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