segunda-feira, 26 de abril de 2010


Levantou-se muro repentinamente,
pedras lisas incrustradas na rudeza da parede,
salto e não vejo o outro lado,
meus pés tornaram-se pequenos,
percebo uma fissura, curta e escura,
meu olho insiste calmamente em penetrá-la,
forma-se uma imagem densa, opaca e disforme,
meu dautonismo diário é forçado, enxergo torto,
a névoa se dissipa e se despe para mim,
me vejo em terno cinza chumbo,
na mão esquerda carrego um cadeado dourado
e na direita uma pedra de carvão.

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