terça-feira, 4 de maio de 2010


Espalhei pela sala solitária
nossas fotos rasgadas,
a música toca baixo, tímida,
meus pés estavam encolhidos
no sofá roto marrom.
A porta permanece entreaberta,
o vento entra e sai,
assim como o cheiro das rosas.
Minhas lágrimas perderam-se,
foram embora dentro dos vasos de lírios.
Me abraço como numa despedida,
meu corpo se despe
em uma suavidade elegante.
Minha alegria é melancólica,
sonho com navios no mar
e uma carta queimada.
Agora o sono vem
pequenas doses de veneno
e um pouco de mel em meu leito.

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