terça-feira, 17 de agosto de 2010


As paredes não falam mais comigo
sou um peso morto entre cortinas de sedas
onde foi que deixei meus velhos retratos?
Portas permanecem fechadas por tempo demais
nenhuma luz sobre o mofo dos cantos
onde coloquei meus trocados para o cigarro?
Destravado todos os cadeados e fechaduras
ainda assim minha cama permanece vazia
onde foi que estacionei o carro?
Vidros partidos depois de uma tempestade
nada em cima da geladeira tem brilho
quando foi mesmo que deixei a gaiola aberta?
Móveis empalidecidos em todos os cômodos
papeis voando pela janela aberta
quando foi que meu coração se tornou sombrio?

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