Lembro-me de tudo tão pouco
que não há lágrimas mais a derramar.
Nuvens de pó e merthiolate
ainda vagueiam por minha mente
interrompendo longas paisagens.
Sento-me na beira da praia
vejo as ondas irem embora,
recordo de fotos envelhecidas
condenadas ao abandono.
Nada mais machuca meus pés
a não ser a ausencia da paixão.
Toco minha face lentamente
ainda tenho as marcas da bebida.
Féu e dor amargaram minhas mãos.
O tempo se tornou meu amigo
ele não me permite correr
Nem pra longe e nem pra fora.
Agora é esperar a argila secar
para que se possa quebrar a estátua
de sal e areia que construi de ti.
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