quarta-feira, 20 de setembro de 2017


As balas perdidas ferem a poesia do dia
As bocas ressecadas são mordidas pela violência
As mãos em prece seguram armas de preconceito
Os dentes brancos se sujam do vermelho escuro
Os jogos torcem pelas arquibancadas vazias
Os pés correm em gritaria pelas vielas marrons
As telas refletem os amores perdidos no estômago
O tempo retrocede com foguetes de inverdades
Os rostos não se enrubescem pelo ódio
Os olhos revirados miram para fora do transtorno
As crianças correm dos seus falos paternos
O coração insiste em petrificar tudo a sua volta
E vamos lutando contra todos os homens de bem

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