sexta-feira, 22 de setembro de 2017


Eu não vou querer ser flor de acácia
Onde não há deserto para regar
Onde o céu permanece escuro
Eu não vou tentar voar para longe
Enquanto os galhos forem cortados
Enquanto o sol insiste em cegar
Eu não vou conseguir parar de andar
Já que a noite insiste em ficar
Já que todos resolveram abortar
Eu não vou deixar de amar
A quem eu possa segurar nos braços
A quem eu possa ser dentro de ti
Eu não vou parar de sangrar
Para que se possa me olhar sem temor
Para que se possa me calar em dor

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