segunda-feira, 13 de abril de 2020

A linha do trem nos separa
Mas não é ela que nos mantém distantes
Cada qual com seu lado escuro
Meu sangue corre nas veias
E também corre em suas mãos
Corpos se balançam em árvores
E você passa rindo de mim
Todo meu suor te dou
Todo seu medo recaí em mim
Amordaçaram minha voz
E a sua ecoa pelas minhas costas
Me aprisionaram por vil metal
Você servindo banquetes de mim
Tentaram cortar minhas raízes
Você dançava livremente
O sol me iluminava a face
O mesmo sol te amargava o olhar
Eu resisti pelo tempo
Você nunca teve a cabeça erguida
Eu me vi livre nas canções
Você ainda me deseja a teus pés




Nenhum comentário:

Postar um comentário