O que se perde no buraco da parede
O que se esconde no canto do pássaro
O que se deixa nas migalhas do pão
O que se põem no escuro da noite
Eu, você, nós, aquele que dorme
Por que não suportamos tanta felicidade
Por que nunca deixamos o prato vazio
Por que se partem todas as ilusões
Por que nunca se nasce no ontem
Pela angústia, pela vela, pela manhã, pelo véu
Quando se abre, o que sobra
Quando a estrada reta acaba
Quando chega o aguardado inverno
Quando choram todas as nuvens
Vastidão, solidão, despedida, rosto molhado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário