terça-feira, 26 de novembro de 2019

Ursinhos de pelúcia e cama vazia
A noite inaugurando avenidas
T(M)eu corpo por entre postes
Luzes encharcam calçadas
E a velocidade avança desesperançada
Sem reparar na maquiagem
Borrada do vermelho de dor e amor
O suor dançando por entre as pernas
Balança a parte solta do chão
E num pico esquece a solidão
Mais de cem respiradas para se manter viva
A esquina se dobra em mil ilusões
Os olhos olham para o tédio diário
Tudo se move lentamente agora
Um sorriso para abrir a porta
O letreiro pisca por medo
Sons ofegantes da luxuria
O fim trazido pela nota vazia
Guarda o batom e o pão dormido
Esconde os sonhos no café da manhã.

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